quinta-feira, 19 de agosto de 2010

"CAINDO A FICHA".


Numa tarde autêntica de inverno paulista acontece a grande estréia de Teatragem. Uma comédia divertida marcada pelas contradições, e diga-se de passagem, contradições também climáticas. Levar ao público que enfrentava uma temperatura baixíssima o calor de um sertão emblemático foi uma tarefa cheia de expectativas e conquistas a serem realizadas.
Assim como jagunços bravos e briosos se sujeitaram a viver na pele de outros a delicadeza e o amor, nós formandos da Turma 43 da Fundação das Artes de São Caetano do Sul, encaramos sair da caixa preta e enfrentar as ruas cinzentas e frias desta da grande cidade. Talvez a falta de experiência tenha nos facilitado essa ousadia. Não habituados ainda, ao conforto, a segurança e ao acolhimento que o espaço onde geralmente acontece o teatro traz aos artistas, fomos unânimes ao aceitar a proposta do diretor Pedro Alcântara em fazer um teatro de rua. A temporada está aberta e já é possível sentir quanto será necessário ter boa vontade e disponibilidade para fazer de cada apresentação um grande espetáculo.

“ Coisas boas estão atrás de grandes obstáculos... Há sempre monstros tomando conta de grandes tesouros.... A arte não é vegetal, é mineral. Tem que ser cavada fundo! ” Antunes Filho

Despertar o interesse nas pessoas sobre o que está acontecendo naquele espaço, a manter ouvinte e torná-la cúmplice daquele ato é tarefa árdua, somente possível de ser realizada se for com amor e por paixão à Arte de representar. E mais, uma representação que não seja apenas para divertir, mas que leve uma mensagem de serventia social. Através da qual nosso ouvinte sinta-se provocado a tomar iniciativas, mudar seus pensamentos cristalizados, enfim, que ocorra algum tipo de movimento dentro de cada um impulsionando-o a um fazer algo diferente.

“ Teatro é corrosivo, é transformador. Teatro é pensamento, não diversão babaca ! ”
Antunes Filho

terça-feira, 17 de agosto de 2010

CONVITE AOS CORRELIGIONÁRIOS


Caríssíssimos cidadãos da minha amabilíssima Fundação em que a Arte Vive e Ilustríssimos povo que são tecnologicamente entendidos nas Artes e Cultura ,
Vós sóis testemunhas oculares e auditivas do meu comprometimento com o elevamento da qualidade da cultura para todos os meus conterrâneos e o povo do restante do nosso mundão de meu Deus.
Digo prontamentemente que é de exageradíssima gratificação moral que venho a vós ressaltar que não há sentimento mais purificador do que este que carrego nos adentramentos do meu peito: a honestidade e a cultura.
Honestidade que digo com H maiúsculo, pois, sabidamente é um despreparo moral de qualquer alma calunienta vir a, mininamente o menor que seja, duvidar do possante coração que faz do meu ser um homem que francamentemente diz, pensa e reflexiona somente a mais puramente verdade.
Meu objetivo sempre foi o construimento da nossa própria e propriamente dita Cultura, cultural do povo tranqüilo e desconstrangido de nossa região do ABCDFGHIJL....
E como todos já sabem minha cultessa é muita, resolvi dividir, com os menos favorecidos. Foi então que conversando com a moça professorinha, que dá escola aqui em minha fazenda, que resolvi trazer para nossa amada terra, diretamente da capital, essa peça inoxidável (que quer dizer brilhante) e teatrense TEATRAGEM, para festa de casamento de minha filha, MOÇA MULHER.
Meus conterrâneos, não nos deixemos abalar com qualquer golpe adversariento, pois, nenhuma enxaguada lavará o suor dos nossos rostos que bravamentemente até aqui chegaram, lutando a cada novo desafio, justamentemente pela Cultura de nosso povo.
Eu Zeca Gervásio, um cidadão Cordisburguense, com pureza de alma. Venho com a alma lavada, enxaguada e escovada de orgulho, que venho convidar-vos, para o enlaçamento de minha filha e por que não dizer casamento no próximo, proximinho dia 21 de Agosto de 2010 - ás 16 hs – em frente à tão ilustríssima Fundação das Artes de São Caetano.
E como todo povo convidado é estrogonoficamente correto, estarão presentificando suas presenças em tão ilustríssima apresentação, quero dizer ainda, que não lavo as mãos porque não preciso. Afinal estão lavadas e ensaboadas com a água da retidão administrativa e o sabão de todas as virtudes cívicas.
E como sempre estarei de branco, para ser mais claro....

Muito Obrigado!!!!

ZECA GERVÁSIO

* Inspirado na obra O Bem Amado - Dias Gomes